A Ética na investigação científica divide-se em 7 fases:
1. Princípios gerais
2. Relações com as pessoas, lugares e ambiente
3. Trabalho de campo
4. Conflitos de interesse
5. Confidencialidade e privacidade
6. Consentimento informado
7. Novos desafios éticos colocados pela investigação na internet
Na 1ªfase - Princípios gerais - é possível distinguir 5 princípios:
• Competência profissional
• Integridade
• Responsabilidade profissional e científica
• Respeito pelos direitos, dignidade e diversidade das pessoas
• Responsabilidade social
- Competência profissional: neste principio acima de tudo é necessário o investigador ter um elevado nível de competência profissional em relação ao seu trabalho e só depois aceitar um trabalho para o qual sabe que tem a especialização adequada. E para haver uma evolução do trabalho torna-se útil continuar a sua formação de forma a manter-se sempre actualizado.
- Integridade: para um investigador se tornar um bom profissional é preciso que este seja honesto, correcto e respeitador com os colegas de trabalho e sobretudo não fazer declarações falsas ou sobre as quais não tem conhecimento da sua autenticidade.
- Responsabilidade profissional e cientifica: o investigador tem de ter uma grande moral na sua profissão para não prejudicar a imagem e a reputação da comunidade profissional e científica do seu trabalho.
- Respeito pelos direitos, dignidade e diversidade das pessoas: para haver um ambiente agradável entre todos os colaboradores é necessário evitar qualquer tipo de descriminação, quer no que diz respeito à idade, raça, nacionalidade, deficiência, religião, ou entre outros. Para um bom funcionamento é aconselhável haver uma igualdade de direitos e sobretudo saber aceitar atitudes e opiniões diferentes das suas.
- Responsabilidade social: um profissional tem de responsabilidade para com a empresa que trabalha pelo que tem obrigação de tornar público as suas investigações e contribuir para o progresso da ciência.
Em relação a 2ª fase - Relações com as pessoas, lugares e ambiente - pode-se dizer que esta consiste essencialmente no respeito pela natureza e no respeito pelas regras de protecção dos profissionais que integram a investigação. Relativamente as pesquisas é necessário ter em conta as suas consequências ou seja é preciso evitar a falsificaçao de dados da investigação para não por em risco o meio que a rodeia.
Na 3ª fase - Trabalho de campo – o investigador tem de tratar os lugares e as pessoas inquiridas da mesma forma que gostaria de ser tratado e para isso tem obrigação de garantir a dignidade, a segurança e o bem-estar desses mesmos. Em relação aos inquiridos, é necessário informa-los sobre os objectivos e aplicações do projecto da investigação e sobretudo respeitar as suas preferências ou seja, se preferem ou não o anonimato do inquérito. Por sua vez este trabalho de campo tem de minimizar os impactos, particularmente não devem danificar o ambiente e as fontes naturais de onde são retiradas as informações.
No que diz respeito à 4ª fase - Conflitos de interesse - é preciso evitar realizar uma pesquisa que possa ser prejudicada por interesses financeiros ou pessoais e nunca utilizar as informações obtidas em proveito próprio.
Na 5ª fase - Confidencialidade – o investigador tem de garantir a confidencialidade da informação obtida e tem de ter em atenção os efeitos do acesso público, uma vez que são colocadas em arquivos abertos ao público. Há situações em que a informação é confidencial e para isso é necessário eliminar todos os elementos que contêm identificação, sobretudo em caso de morte do próprio, mudança de emprego, etc. No entanto também existem informações não confidenciais ou seja as que são obtidas em locais públicos ou que existem em arquivos de acesso livre.
Na 6ª fase - Consentimento informado - para haver um recolha de informação sobre uma pessoa torna-se essencial uma autorização por escrito da própria (a pessoa) e é necessário informa-la sobre os procedimentos da investigação ou seja quais são os objectivos, quem vai utilizar os dados, como vão ser publicados, quais os riscos e os benefícios da sua participação, etc. No entanto também é possível haver o contrário do consentimento informado ou seja a prática do engano ou omissão ( quando se oculta o verdadeiro objectivo do trabalho e quais os seus financiadores).
E por último temos a 7ª etapa - Ética e investigação a Internet – que nos diz que a recolha da informação, a análise dos dados obtidos e a divulgação dos resultados vão trazer novas condições e novos desafios à investigação.
Referências bibliográficas:
- Caderno TICG, vol. 2 – Tutoria 2
- http://ticg0910.wordpress.com/etica-na-investigacao/
- International Center for Information Ethics (Center for Art and Media, Karlsruhe, Alemanha) - http://icie.zkm.de/